domingo, 20 de março de 2011

Paraíba - Pra conquistar você




Sou Paraíba e não negoooo!!!!!

sexta-feira, 18 de março de 2011

ADÉLIA -" A vida é um vale de lágrimas. A arte, como a filosofia, é uma tentativa de superar os limites. O primeiro é o corpo. Você tem de carregar o corpo para onde você vai. Olha que peleja que é sair de Divinópolis e vim parar aqui em Montes Claros? Tem de entrar no ônibus, tem de parar pra comer. Os limites e as exigências da sua situação corporal, isso já é um limite. Mas essa matéria é habitada por um desejo infinito. Tudo é pouco para mim. Não tem arte que supra o meu desejo. Para o do meu coração, o mar é uma gota. Eu quero é tudo, o infinito é o que todo mundo quer. Quando você fala em amor, você quer o amor absoluto. Você casa muito apaixonado e para que o amor e a paixão perdurem, precisa de todo o seu empenho na morte do ego. O trabalho que dá de você preservar a sua projeção amorosa, a sua paixão. Porque não posso oferecer para o outro tudo o que ele quer, nem o outro para mim. Tem de haver uma busca de um absoluto que está fora de um e de outro. O amor é uma experiência do limite. Eu amo não é por causa, é apesar de. Quando alguém fala que gosta de mim, fico espantadíssima. As pessoas amam na gente aquilo que elas projetam no amor. De fato, a gente é isso, esse limite, essa miséria. E aí põe miséria, põe doença, põe dificuldades de toda ordem, os traumas herdados, psicológicos, tudo. Nós somos pura necessidade. A gente é a necessidade encarnada. Eu vejo a superação disso, isso é um caminho de santidade, não tem outra palavra para isso não. Essa superação do ego. Os psicanalistas estão aí para tentar fazer isso. Às vezes fazem equivocadamente. Falam: “Não, tudo bem, não existe culpa não, isso é bobagem”. Essa culpa de não amar, não aceitar a condição humana. Aceitar a condição humana é que é santidade. Você pode ver que a felicidade dos santos, se você ler a biografia deles, é porque eles descansaram na condição deles. Sou criatura mesmo, e criatura humana. Aceitar isso já é criar asas. É isso que eu peço a Deus todo dia."

quarta-feira, 16 de março de 2011

"A virgindade existencial nos acompanha até o fim dos nossos dias, especialmente no último, pois somos todos castos frente à morte, nossa derradeira experiência inédita. Enquanto ela não chega, é bom aproveitar cada minuto dessa nossa inocência frente ao desconhecido, pois é uma aventura tão excitante quanto o sexo e não tem idade pra acontecer"
Movimento-me num espaço cujo tamanho me serve, alcanço seus limites com as mãos, é nele que me instalo e vivo com a integridade possível.
Canso menos, me divirto mais, e não perco a fé por constatar o óbvio: tudo é provisório, inclusive nós.
A Voz Do Silêncio -

Pior do que a voz que cala,
é um silêncio que fala.

Simples, rápido! E quanta força!

Imediatamente me veio à cabeça situações
em que o silêncio me disse verdades terríveis,
pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo. Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.

Silêncios que falam sobre desinteresse,
esquecimento, recusas.

Quantas coisas são ditas na quietude,
depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo,
nem uma gargalhada
para acabar com o clima de tensão.

Só ele permanece imutável,
o silêncio, a ante-sala do fim.

É mil vezes preferível uma voz que diga coisas
que a gente não quer ouvir,
pois ao menos as palavras que são ditas
indicam uma tentativa de entendimento.

Cordas vocais em funcionamento
articulam argumentos,
expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos
que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.

Quantas vezes, numa discussão histérica,
ouvimos um dos dois gritar:
"Diz alguma coisa, mas não fica
aí parado me olhando!"

É o silêncio de um, mandando más notícias
para o desespero do outro.

É claro que há muitas situações
em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha
com uma britadeira na rua,
o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche,
o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock,
o silêncio é um sonho.

Mesmo no amor,
quando a relação é sólida e madura,
o silêncio a dois não incomoda,
pois é o silêncio da paz.

O único silêncio que perturba,
é aquele que fala.

E fala alto.

É quando ninguém bate à nossa porta,
não há emails na caixa de entrada
não há recados na secretária eletrônica
e mesmo assim, você entende a mensagem

Martha Medeiros
"A visão sem ação, não passa de um sonho.
A ação sem visão é só um passatempo.
A visão com ação pode mudar o mundo."
"Ausência

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar teus olhos que são doces Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto. No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado. Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado. Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada. Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite. Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa. Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço. E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado. Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos. Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir. E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas. Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz perenizada"
Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo
quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando
melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro
antes, durante e depois de te encontrar.
Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de
lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar.
Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é
covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque
sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência,
pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu
lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua
desajeitada e irrefletida permanência.

terça-feira, 8 de março de 2011

Casuarina - Minha Filosofia

Casuarina - Canto de Ossanha

Minha Filosofia - Casuarina

Refrão

Vai passar
Esse meu mal estar
Esse nó na garganta
Deixe estar...
O próprio tempo dirá
Água demais mata a planta

Tudo que é muito, é demais
Peço: me perdoe a redundância
Entrelinhas só quero lembrar
Que a terra fértil um dia se cansa
É uma questão de esperar
Relógio que atrasa não adianta
E o remédio que cura
Também pode matar
Como água demais mata a planta